Profissionais da comunicação, independente de sexo, função ou idade,
são convidados e o motivo da pesquisa: “Assédio: realidade, consequências e
necessidade de mudança”, idealizada pelo Grupo de Planejamento de São Paulo em
parceria com o Qualibest. O projeto vai mapear o problema e ter um retrato que
pode auxiliar empresas na construção de ambientes de trabalho cada vez mais
positivos. Quem quiser responder ao estudo, é só clicar aqui.
No painel “E agora 3%?”, foi onde a ideia surgiu, há quase um
ano. Durante a Conferência do Grupo de Planejamento com o objetivo de expor os
aprendizados de um time de publicitárias brasileiras – Laura Chiavonne, Ana
Cortat, Gabi Terra e Carla Alzamora – durante a 3% Conference em Nova Iorque.
Na ocasião uma jovem questionou o que seria feito em relação ao assédio nas
agências e a moderadora do painel, Ana Cortat, indagou aos presentes quem já
tinha sentido na pele esta experiência. Praticamente todas as mulheres que
estavam na sala se levantaram.
A partir de então o projeto começou a ser desenhado pelo Grupo
de Planejamento de São Paulo - encabeçado por Renata D’Avila, atual presidente
do Grupo, e pelos conselheiros Ana Cortat, Ken Fujioka e Ulisses Zamboni – e
tem como primeiro objetivo a realização desta pesquisa que trará em números a
realidade dos abusos de poder que ocorrem no setor, algo inédito no país. Na
pesquisa, publicitários, comunicadores e profissionais de veículos terão a
oportunidade de mostrar uma realidade do mercado de comunicação ainda não
explorada: contando suas experiências e permitindo que o problema seja
levantado dentro do meio e, num segundo momento, que ações práticas para
combatê-los sejam desenhadas.
O estudo tem como objetivo construir um retrato real da situação
de assédio moral e sexual que impacta homens e mulheres em Agências de
Publicidade, Eventos, Produtoras, Plataformas de Tecnologia e Veículos.
“Estamos desenvolvendo um conteúdo que tem como objetivo dimensionar o problema
e estimular diálogos que busquem encontrar e implementar soluções. Acreditamos
que não exista alguém que não queira que o ambiente de trabalho seja um lugar
saudável, positivo, onde as pessoas realizem todo o seu potencial sem
insegurança ou medo”, afirma Renata d’Avila,
E Ana Cortat complementa: “Como profissionais de comunicação,
temos um importante papel na criação de imaginário social, na geração de
resíduo positivo e na implantação de mudanças estruturais capazes de
transformar o lugar onde trabalhamos em um ambiente saudável, capaz de acolher
diferenças e gerar parâmetros de dignidade e respeito dos quais tenhamos
orgulho”.
Para realizar o estudo, o GP convidou a Qualibest para
desenvolver a pesquisa. A metodologia é quantitativa e vai se basear em um
questionário com perguntas abertas e fechadas. “Queremos falar com o maior
número possível de pessoas. É fundamental que tenhamos o apoio dos
profissionais e empresas do mercado para conseguirmos um diagnóstico real da
situação”, completa Renata.
O resultado da pesquisa será apresentado durante a Conferência
do GP no dia 15 de novembro, e depois divulgado e disponibilizado no site do GP
para o público geral. O projeto ainda buscará apoio de entidades e outros
grupos do setor para propor caminhos e soluções e realizar conversas, debates,
sprints acerca do tema, em parceria com agências e profissionais do mercado.
Fonte: Adnews
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